Por Marcello Carvalho, g1 Campinas e Região
A Região Metropolitana de Campinas (RMC) registrou o segundo verão mais seco em 35 anos. De acordo com o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp, o acumulado de chuvas no trimestre (dezembro, janeiro e fevereiro) foi de 400 milímetros, 41% menor que a média para o período, de 683,6 milímetros. A estação terminou na terça-feira (19).
O índice é o segundo menor desde 1989, quando o Cepagri iniciou as medições, e está abaixo apenas do verão de dezembro de 2013 a março de 2014, quando o acumulado de precipitação registrado foi de 251 milímetros, o que provocou, à época, a maior crise hídrica da história do país.
Mas e o calor? 🔥
De acordo com o balanço do Cepagri, o verão na Região de Campinas foi o mais quente desde 2014. A temperatura média ficou em 25,9ºC, 0,9ºC acima da média e a quarta maior marca da série histórica. O órgão afirmou que o período foi “atípicamente quente e seco”
E, afinal, como será o outono? 🔻
A expectativa para o próximo trimestre, segundo o Cepagri, é de que as temperaturas continuem altas, com elevação de 1ºC para cima, e as chuvas permaneçam abaixo da média.
Quais são as razões? ✏️
Segundo o Cepagri, as altas temperaturas são em decorrência do fenômeno ‘El Niño”, que se caracteriza pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, e que altera temporariamente a circulação geral da atmosfera – o que ocasiona perturbações no clima em diferentes partes do mundo.
“Na região sudeste do Brasil, o impacto característico se dá nas temperaturas, que tanto no inverno quanto no verão tendem a ficar acima dos padrões climatológicos, o que foi de fato observado”, disse o meteorologista do Cepagri, Bruno Bainy.
Já em relação à falta de chuvas, uma variação climática tropical que ocorre de seis a oito semanas pode influenciar no comportamento, já que o efeito está justamente no favorecimento ou inibição da umidade