Cada estrada, cada pedra e cada construção da Fazenda Nossa Senhora da Conceição, no interior paulista, ecoam um passado de sofrimento imposto pelo trabalho escravo, paradoxalmente fundamental para a ascensão da cafeicultura no Brasil. No século XIX, essa propriedade em Jundiaí, a cerca de 70 km da capital e outrora sob a administração do Barão de Serra Negra, destacou-se como uma das maiores produtoras e exportadoras de café.
Hoje, ressignificada, a antiga Fazenda do Café floresce como ponto turístico e histórico, abrigando criação de animais, pousadas, passeios a cavalo e restaurantes. No Dia Mundial do Café, celebrado nesta segunda-feira (14), o historiador Juliano Martins da Fonte, responsável pela equipe de educadores da fazenda, compartilhou com o g1 a trajetória do local, desde sua fundação em 1810 como produtora de cana-de-açúcar até a expansão da cultura cafeeira a partir de 1850, impulsionada pela crise no Vale do Paraíba. Sob a gestão do Barão de Serra Negra, a fazenda substituiu a cana pelo café, marcando sua história no desenvolvimento do interior paulista.
Por G1



