Hospital público sofre com lotação e opera acima da capacidade em Jundiaí

O Hospital São Vicente de Paulo, principal unidade pública de Jundiaí (SP), enfrenta superlotação, operando com um número de pacientes que ultrapassa sua capacidade máxima de 242 leitos. Nas últimas duas semanas, a unidade chegou a atender 300 pacientes simultaneamente.

Uma reportagem da TV TEM destacou o caso da mãe de um amigo de uma pessoa não identificada, que sofre de pneumonia e necrose pulmonar, e que teria aguardado dois dias para receber atendimento.

“A gente fica triste, porque é constitucional a segurança, saúde e educação. Então acredito que é um princípio básico. Nós pagamos os nossos impostos, acredito que o mínimo que eles deveriam fazer é dar uma saúde de qualidade para todos”, lamentou a fonte não identificada.

A prefeitura e a direção do hospital não se pronunciaram sobre a fila de espera, mas confirmaram a operação acima da capacidade. Segundo eles, o fluxo de pacientes é contínuo, e a prioridade de atendimento é definida por critérios médicos para os casos mais graves.

“A vaga é dada como prioridade, com priorização médica. Quem determina quem vai passar na frente ou não é o critério médico. Nós temos trabalhado todos os dias para fazer esse controle, para fazer com que haja monitoramento contínuo dessas pessoas que estão nos prontos-socorros e no hospital, para que a gente consiga atender a todos. Nesse momento, todos estão atendidos, mas nós estamos com sobrecarga de atendimento em função desses fluxos que estão ocorrendo”, explicou Márcia, secretária do hospital.

O superintendente do hospital, Amauri Liba, detalhou a estratégia para atender um volume de pacientes superior ao número de leitos disponíveis, mencionando a rotatividade de leitos e a utilização de internação domiciliar quando apropriado. Ele ressaltou que a gestão eficiente de leitos é crucial para qualquer hospital, seja público ou privado.

A superlotação do hospital é, em grande parte, atribuída ao aumento de casos de gripe, com 341 registros somente em 2025.

O convênio entre o hospital e a prefeitura tem validade até junho deste ano, prazo da renovação trimestral necessária para a avaliação de redução de gastos pela administração municipal. Uma reunião entre a prefeitura e a direção do hospital está agendada para junho, onde será discutido o futuro da unidade.
Por G1

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