Otávio Machado, de Sorocaba (SP), é conhecido pelo engajamento em vários projetos; câncer é considerado raro pela idade do rapaz, que tem apenas 31 anos.
O psicólogo Otávio Machado, de Sorocaba (SP), conhecido pelo engajamento em projetos sociais, descobriu neste ano que tem um tipo de câncer considerado raro para a idade dele. Com 31 anos, o rapaz iniciou o tratamento contra a doença, que inclui quimioterapia. Um complemento para a recuperação seria a imunoterapia. Entretanto, o tratamento custa cerca de R$ 500 mil.
Com isso, a família e os amigos de Otávio estão se unindo em uma corrente para conseguir juntar o valor necessário. Esse trabalho inclui uma rifa, organizada pela família, uma vaquinha online e um show, que terá os valores serão revertidos para o tratamento.
Otávio está com adenocarcinoma, que é um câncer no esôfago. No caso dele, há metástase. Conforme o rapaz, os médicos dizem que a doença costuma atingir pessoas com mais de 55 anos. Ele tem 31.
“Normalmente, quem tem isso é por tabagismo de longa data, 30 anos fumando, por exemplo. Eu não fumo. Mesmo que eu fumasse, não teria tempo de vida suficiente para poder provocar isso. Então, todos os médicos ficaram bem chocados quando viram que eu estava com a doença, que eu estou com esse tipo de tumor, porque não tem nada que justifique”, conta.
Rifa, vaquinha e show
A rifa organizada para ajudá-lo é de um iPhone 15. “Estamos vendendo principalmente via Istagram. São mil números, vendemos uns 700 até agora”, conta.
Um show também está previsto para ser realizado em Sorocaba, com o valor revertido para o tratamento. Ainda não há informações sobre a data.
Imunoterapia
A imunoterapia combater o avanço do câncer pela ativação do próprio sistema imunológico do paciente. Com o uso de medicamentos, o organismo elimina a doença de forma menos tóxica. De acordo com Otávio, as sessões variam entre R$ 35 mil e 50 mil cada. Ele precisa de, no mínimo, 10 sessões.
“Por isso a gente estipulou esse valor de R$ 500 mil. A imunoterapia garante uma eficácia bem mais interessante para o tratamento. Não é o principal. O principal é a quimio, mas a imuno traz bastante resultado interessante”, comenta.
Ainda conforme ele, há situações em que a imunoterapia é fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas não é o caso dele.
“Só liberam quando é a coisa principal. Por exemplo, quem tem melanoma, que é o câncer de pele, a quimio comum, digamos, não funciona, então tem que ser imunoterapia. Nesses casos, o SUS fornece imuno, com certa luta, mas fornece.”