Em tom de confronto, Milei vai ao Congresso, chama políticos de ‘casta’ e anuncia novo pacote de leis

Presidente Javier Milei discursa na abertura do Congresso argentino, em 1º de março de 2024. — Foto: Agustin Marcarian/Reuters

Presidente Javier Milei discursa na abertura do Congresso argentino, em 1º de março de 2024. — Foto: Agustin Marcarian/Reuters

O presidente da Argentina, Javier Milei, fez um discurso nesta sexta-feira (1º) na abertura das sessões ordinárias do Congresso, em que criticou a classe política e buscou justificar a política de corte de gastos que ele tem implementado

Ele começou fazendo uma descrição dos problemas econômicos da Argentina para introduzir em sua fala as críticas aos políticos.

Milei afirmou que o Estado argentino é inoperante. Segundo ele, é “um sistema corrupto que termina com dinheiro no bolso dos políticos, uma organização criminal para que haja propina para os políticos da vez”. O presidente também afirmou que o esquema está podre está em todos os poderes, Executivo, Legislativo e Judicial, em todos níveis.

Em um recado para a oposição, ele afirmou que “aqueles que buscam conflitos” terão o que querem, apesar de a confrontação não ser o caminho que ele busca.

O presidente anunciou o fechamento da Télam, a principal agência pública de notícias da Argentina.

A casta e o pacote ‘anticasta’

 

Ele então criticou “empresários que querem pagar propina porque não precisam ser competitivos”, “sindicalistas que usam um regime que só beneficia a eles” e disse que se trata de “um sistema injusto, que só pode gerar pobres e produz uma casta privilegiada”.

Ele continuou a falar sobre a casta, a forma como ele se refere à classe de políticos: “Repito que um sistema que fez tanto dano é um esquema consciente, o que eu chamo de modelo da casta. A casta expropria (dinheiro) dos argentinos de bem e dá aos amigos”, disse.

Milei afirmou que chegou ao poder com o voto de “uma maioria silenciosa dos desprotegidos que não foram convidados a se sentar na mesa do poder e que colocou na presidência uma pessoa recém-chegada, sem maioria, sem governadores, mas que sabe o que precisa ser feito e tem a convicção de que deve fazer”.

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