Após cinco anos fechada por pandemia e interdição, matriz de Salto de Pirapora vai retomar as atividades

Após cinco anos de portas fechadas, a Igreja Matriz de Salto de Pirapora (SP), dedicada a São João Batista, reabre suas atividades no dia 19 de junho, feriado de Corpus Christi. A igreja esteve fechada primeiro devido à pandemia de Covid-19 e, em seguida, por uma interdição causada por infiltrações que comprometiam seriamente a estrutura do prédio.

A confirmação da reabertura foi feita ao g1 na quinta-feira (5) pelo padre Edmilson Santos Silva, pároco da matriz. “Nossa expectativa é grande. Foram cinco anos fechada. Tivemos a questão da pandemia, e quando a igreja reabriu, veio toda a questão dos vazamentos. Há três anos que ela estava interditada”, relembrou o padre, expressando sua satisfação em devolver o espaço à comunidade.

Detalhes das Obras e Atrasos
O padre Edmilson lamenta que a obra ainda não tenha sido totalmente entregue, mesmo com todas as obrigações financeiras em dia, atribuindo a responsabilidade exclusiva à construtora. Apesar do diálogo com a empresa, ainda não há um prazo definitivo para a conclusão, mas a estimativa é que os trabalhos terminem em agosto. Ainda faltam partes da área externa, áreas anexas e o salão pastoral. Um dos maiores cuidados durante todo o processo foi manter a originalidade da matriz, considerada o ponto zero da cidade.

Com a reabertura, todas as celebrações serão retomadas, incluindo missas, batizados e casamentos.

Entenda a Interdição
As obras atuais são resultado de uma decisão judicial de junho deste ano, que determinou que a Sabesp e a Arquidiocese de Sorocaba realizem manutenções na Igreja Matriz, com previsão de multa em caso de descumprimento. A ação foi movida pela prefeitura.

O juiz Lucas Vilar Geraldi considerou os riscos de dano e desabamento do imóvel, que é um patrimônio histórico e cultural da cidade. A matriz foi interditada por conta do aparecimento de trincas e rachaduras em quase toda a sua extensão, com laudos judiciais confirmando o risco de desabamento.

As rachaduras eram visíveis tanto na parte interna quanto externa da igreja, que tem mais de 70 anos. Até a Capela do Santíssimo foi afetada pelas trincas, que se estenderam também à casa paroquial, ao auditório e às salas de catequese. A origem do problema foi identificada na rede de distribuição de água da Sabesp, localizada em um boulevard ao lado da igreja, cerca de sete metros abaixo do calçamento.
por G1

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