As recentes apreensões de toxina botulínica falsificada, conhecida popularmente como botox, acenderam o alerta da Vigilância Sanitária em todo o país. O uso desses produtos irregulares pode causar efeitos graves à saúde e, em casos extremos, levar à morte.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um comunicado após apreender um lote falso de uma das marcas mais utilizadas em procedimentos estéticos. A própria indústria confirmou que os frascos não eram originais.
A preocupação aumentou ainda mais devido ao crescimento no número de casos de botulismo relacionados a procedimentos estéticos. Só em 2025, foram registrados 11 casos, número muito superior aos 2 casos contabilizados em 2024.
A comercialização da toxina botulínica é restrita a profissionais habilitados e devidamente registrados, mas a prática de compra por meio de revendedores e intermediários tem sido um dos principais pontos de vulnerabilidade para a entrada de falsificações no mercado.
Diante do cenário, profissionais da área da saúde e estética têm redobrado a atenção em relação à procedência dos produtos utilizados em seus atendimentos.
Riscos à saúde
A toxina botulínica exige controle rigoroso de refrigeração, armazenamento e preparo. Os frascos são comercializados em pó e precisam ser diluídos corretamente com soro fisiológico pelo profissional responsável. Qualquer erro nesse processo já pode comprometer o resultado e, no caso de produtos falsificados, o risco é ainda maior.
Entre as possíveis consequências estão os sintomas do botulismo, uma doença rara, porém potencialmente fatal, como sonolência intensa, visão turva, fraqueza muscular, dificuldades respiratórias e risco de parada cardíaca.
A orientação é que pacientes procurem sempre profissionais qualificados, em locais regularizados, e desconfiem de preços muito abaixo do mercado.
Fonte: SBT News



