Médica de UTI é presa dentro de hospital acusada de desacato por PMs: ‘Fui algemada e pacientes ficaram sozinhos’

Caso foi registrado no Hospital Ipiranga, Zona Sul de SP. Segundo testemunhas, uma equipe da PM foi até o local para pedir boletim médico de um policial aposentado, mas médica alegou que estava fora do horário de visita. Na versão relatada pelos PMs, profissional arremessou um documento no rosto de um tenente.
 
Uma médica da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Ipiranga, Zona Sul de São Paulo, chegou a ser presa dentro do hospital após ser acusada por policiais militares de desacato, na noite de domingo (1º).
 
Testemunhas relataram que uma equipe da PM foi até a unidade para saber sobre o estado de saúde de um policial aposentado que deu entrada na UTI, e pediu o boletim médico. Porém, a médica teria se negado a fornecer as informações por estar fora do horário de visitas e porque o procedimento do hospital determina que o boletim só pode ser passado para familiares.
 
Na delegacia, a profissional de saúde afirmou que chegou a ser algemada dentro do hospital e colocada na viatura.
 
“Fui algemada e me colocaram no camburão. Me tiraram de dentro da UTI e os pacientes ficaram sozinhos”, afirmou a profissional enquanto estava no 17º DP.
 
Já na versão relatada pelos policiais, de acordo com o boletim de ocorrência, a acusação de desacato se deu porque a médica arremessou um documento no rosto de um tenente da PM. O motivo da confusão não foi informado no registro da ocorrência.
 
Ainda conforme o boletim, um exame no instituto Médico Legal foi requisitado para constatação de lesão no braço do policial que teria sido causada pela médica.
 
Após assumir o compromisso de comparecer perante o Juizado Especial Criminal (Jecrim) quando intimada, a médica foi liberada.
 
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